PARA CONHECER UM POUCO DA HISTÓRIA.
ORA LEIA:
Nas comemorações do 25.º Aniversário da ADRC de Parada de Gonta, a história reviveu-se com «Antigas Glórias» do, então, CDP – Clube Desportivo Paradense (primeira colectividade desportiva em Parada de Gonta, fundada na década de 30 do século passado).
Ao CDP-Clube Desportivo Paradense, sucedeu a Associação Desportiva Recreativa e Cultural Juventude de Parada de Gonta «Juventude Paradense», fundada a 1 de Maio de 1972 mantendo-se em actividade até 1986. Em 27 de Outubro de 1986 foi criada, formal e juridicamente, a actual A.D.R.C que tem mantido a sua actividade regular, baseada no futebol sénior e, durante algumas épocas recentes, na formação de camadas jovens.
Estas três Colectividades proporcionaram muitas alegrias aos seua associados e aos Paradenses, em geral. Permitiram que muita da Juventude da nossa Terra encontrassem no futebol uma forma salutar de ocuparem os seus tempos livres e, alguns deles, de ganharem o seu complemento financeiro para ajudar nos gastos pessoais e familiares. Um desses grandes jogadores que conta hoje 93 anos, foi o FARIA. O «craque», filho da Terra, jogou pelo Clube Desportivo Paradense, em 1931, Clube Unidos de Viseu 1939; Atlético Nova
Lisboa 1940; Académico de Viseu 1941 a 1950 e outros. Já nessa época, o FARIA “facturava” no futebol.
Pois o FARIA, ele mesmo, ausente durante muitos anos da Aldeia Natal, voltou hoje a Parada de Gonta. Acompanhado pelas filhas, o FARIA juntou-se às comemorações do 25.º Aniversário e esteve nas Instalações do Clube. A ele, juntou-se outro «craque» da sua geração e da sua equipa, o Sr. Henrique Castainça – SETE. Faziam ambos parte daquela equipa que “dava cartas” a todas as equipas da região, na década de 30. Grandes rivais do Académico de Viseu, para onde, mais tarde, o FARIA viria a transferir-se. A estes dois verdadeiros “Campeões”, juntaram-se outros antigos jogadores Paradenses: O Sr. José “Achado”, o Manuel Sá “Rela”, o Joaquim Antunes “Preto” entre outros. Gerações de grandes futebolistas que os Paradenses aplaudiram em momentos de grande alegria que proporcionaram a Parada de Gonta.
Após os cumprimentos emocionados e lembrança de histórias das suas épocas de juventude, o grupo assistiu a parte do jogo que decorria no Estádio Thomás Ribeiro (ADRC Parada de Gonta vs Campia).
No intervalo do jogo, ouviram o Hino do Clube, escrito na época (década de 30 do século passado) Francisco Felício e musicado recentemente, pelo cantor Paradense Gilberto Amaral, baseado na gloriosa equipa do Clube Desportivo Paradense:
«Sete, Felício, Parente
Joaquim, Faria, Antero
são de uma alma valente
O grupo, assim o quero
Elísio, Eduardo, Faria
Paulo, Teixeira, Fernando
O nosso grupo tem simpatia
E Parada está marcando.
É combinado
O nosso jogo
É bem marcado
O nosso golo
É com a calma
Que nós jogamos
Rapazes de firme alma
São recebidos com palmas
Quando a casa regressamos
Ò Parada desportiva
Tens em ti todos os encantos
De uma vitória vencida
Que tens em todos os campos
Somos tão bem recebidos
Nos campos onde jogamos
Nós rapazes escolhidos
E nos campos já batidos
Pelos jogos que passamos
Chegou o Mário
Nossa alegria
Esse cenário de simpatia
Seu pontapé tão certinho
Tem sempre a sua fé
Marcar o seu golinho
Francisco Felício
Numa visita às instalações, deliciaram-se com os registos fotográficos existentes no Museu do Clube. Aí e perante a presença do Sr. Presidente da Junta de Freguesia (também presidente da Mesa da Assembleia da ADRC) Sr. Luís Fernando Vale e do Presidente da Direcção Sr. Luís Sá, puderam dar largas às suas recordações futebolísticas referenciando os momentos mais altos da sua prática, em conjunto com os colegas que recordam com eterna saudade.
Saudaram a jornada, organizada pela ADRC e deixaram votos para que outros momentos de encontro e convívio, possam voltar a reuni-los no futuro.
Sugeriram, mesmo, que igual jornada possa ser feita com o Rancho Folclórico de Parada de Gonta, que também recordam dos seus tempos de juventude. Um desafio que as Colectividades da Freguesia e a própria Junta de Freguesia, podem agarrar para concretizar num futuro próximo.
Assim se faz a história. Assim se ensinam os mais novos a conhecer o passado, para que possam viver o presente com mais orgulho e ajudar a desenvolver a freguesia com base em factos relevantes de sucesso, sejam eles desportivos, culturais, sociais ou outros.